sábado, 14 de setembro de 2013

                                        



                                       2° Capitulo
                                    Vai ficar tudo bem?





Quando decidi ir embora já estava tarde, mas foi bom me afastar de tudo, eu estava saindo quando eu o vi novamente, JP, aquele gato, mas não estava com muito humor pra um papo que exija muito esforço, eu me virei é sai, mas quando eu estava andando ele gritou meu nome, tentei agir como que não fosse comigo, mas ele correu e me alcançou.
-Artêmis?
-Oi como vai JP? Nem tinha o visto.
-hum sei, mas o que você esta fazendo aqui? Sua mãe está te procurando.
-Certo, obrigada por me falar, agora eu tenho que sair.
-Você esta bem moça?
-Na realidade não estou, mas vou ficar, só tenho que ir pra casa e tomar um banho quente e ver minha novela.  
-Ok então eu te levo pra casa, não vai sozinha.
-Então esta bem, vamos.
Nós andamos até minha casa, minha mãe estava em ponto de ter um colapso me esperando no portão com o meu pai, ela estava muito nervosa e ela quase não falava direito, meu pai agradeceu a JP por ter me encontrado, foi um interrogatório comigo, minha mãe não parava de falar que iria me trancar em casa até as aulas começarem, mas meu pai pedia calma, e mandava eu falar o que  eu havia acontecido.
-Posso falar mãe?
-Não, não pode mocinha, como pode sumir assim? Nesses tempos difíceis você não intende a situação menina? Qual o seu problema?!
-Ana deixa a menina falar, você não para de falar, acho que ela não fez por mal, não é querida?!
-Certo Pedro [...] tudo bem, fala querida.
-Sim eu estava em uma livraria, então perdi a hora, e meu celular estava descarregado mãe, eu precisava sair, eu não queria mais aquele clima de um mês atrás, papai preocupado com policia, segurança, quando eu já estava muito bem na escola, foi mal, eu não vou mais sair sem te avisar.
Eu saí da sala naquele momento mais ainda conseguia ouvir sua conversa, meu pai ainda aparentemente calmo, mais eu sentia a tensão dele nas palavras, ele não queria transparecer para mim, mas deu pra perceber, minha mãe já é o contrario, é escandalosa, mas mesmo assim amo muito, o motivo para ela estar assim é muito compreensível considerando tudo que nós passamos, eu fui para o meu quarto e Maria estava ao telefone, ela falava com a mãe dela, ela chorava muito, eu sinto pena por ela ficar separada dela, eu não tive coragem de perguntar qual o motivo da ligação, só me sentei ao seu lado enquanto ela chorava, nós ficamos ali por horas até ela me contar, ela mal falava, ela disse que a mãe dela tinha recebido uma coroa de flores com o meu nome é o dela.
-Eu não acredito que ele fez isso, eu não tenho o que te dizer.
-Não, não é sua culpa eu que te apresentei a ele, ele era tão legal, tão educado, a culpa é minha.
-Não é de ninguém ele enganou todo mundo, se você soubesse quem ele realmente era, não me apresentaria a ele.
  Minha mãe entrou no quarto com uma cara de assustada meu irmão tinha ligado, ele disse que recebeu uma também, mas só tinha o meu nome nela, meu irmão ligou pra policia, mas não tiveram pista dele a ligação foi feita de um orelhão, eu não aquentei é tive uma queda de pressão é desmaiei, meu pai teve que chamar uma ambulância pra mim, foi lá pelas 12h00min horas, João foi lá em casa, ele ouviu a sirene da ambulância, meu pai falou pra ele que eu tive um pequena queda de pressão acontece as vezes, mas era mentira, Daniel esta lá longe de nos, é perto dele, mas a policia não deixa ele vir, então fico mais tranquila que  ele esteja na casa da minha avó agora, eu fui pro hospital tonta, meio dormindo, sei lá eu ouvia meu pai falando mas não conseguia abrir meus olhos, eu tentava falar mas não conseguia, ai uma médica veio é me deu uma coisa que eu apaguei, acordei em um quarto, com a minha mãe dormindo em uma cadeira ao meu lado, ai meu pai viu que eu tinha acordado, e disse.
 –Filha você esta bem, esta no hospital, já tem quatro horas que esta dormindo, Maria esta em casa, eu pedi pra mãe do seu amigo pra  ficar de olho nela, é não tente falar, o medico disse que você estava com o açúcar baixo, e a preção caio, é ainda por cima estava muito estressada, tudo isso junto seu corpo não aquentou e acabou desmaiando, sua mãe acabou de dormir ficou acordada ate uma hora dessas, eu tenho uma noticia boa pra te dar, você vai ter alta hoje ainda, mas vai ter que ficar de repouso em casa, e se acalmar, bom você tem que dormir agora, eu vou sair é tomar um café e falar com a  Maria, tchau filha, bom sonhos. 
Quando foram umas nove horas da manhã o medico me deu alta, eu fui embora muito mole por conta do efeito dos remédios, minha mãe estava muito cansada, mas não queria aparentar, meu pai estava visivelmente cansado, mas ainda com a mesma aparência firme de chefe de família de seriado de televisão americana, meu pai é um homem muito distinto, impõe respeito aonde vai, nos chegamos a casa é tinha gente desconhecida lá, eram os vizinhos, eles sempre se ajudam, como à senhora Amélia estava lá eles foram ajudar, a casa estava limpa, a comida feita, é meu quarto arrumado, foi muito surreal, meu pai me levou para o quarto pra eu dormir, eu estava muito cansada mesmo, é muito enjoada por causa da comida de lá, era simplesmente repulsiva, quando eu subi tinha uma flor em um jarro pra mim, estava em meu criado mudo, é um cartão escrito “melhoras garota nova” uma coisa muito fofa da parte dele.
Eu adormeci pesado, e tive um sonho muito ruim, na realidade foi um pesadelo, com as lembranças daquele dia, a água, o carro, o sinto de seguranças, e o tiro que ecoava no fundo de tudo isso, e que se repetia muitas, é muitas vezes, é cada vez, mas alto, e alto, e alto, e  no final eu não conseguia respirar, me debatia nos lençóis, mas meus gritos ficavam reprimidos no meu travesseiro , mas não foi como todas as noites, minha mãe é meu pai estavam em meu quarto vigiando meu sono, me socorreram rapidamente mas parecia uma eternidade, meu pai me abraçou em quanto eu chorava, ele apenas falava, “passou eu estou aqui”, meu sonho não era como o de antes, eles eram como imagens turvas no fundo de um rio, mas essas eram muito claras como um filme passando na minha cabeça.
No outro dia meu pai ligou pra uma psicóloga pra me atender ainda essa semana, ele estava preocupado com as minhas lembranças, ele acha que trauma reprimido, mas minha mãe acha que eu estou ficando louca, acho que ate eu estou achando que estou maluca, hoje é terça-feira, eu tenho que ir a escola, mas a minha mãe não quer que eu vá, mas eu tenho que viver um pouco, meu pai ligou para o medico pra saber se eu posso ri a escola, o medico disse que eu tenho plena condição de ir à escola, é ate bom pra mim, meu pai deixou relutante, minha mãe acha uma maluquice, mas não ligo, eu quero ir é me sentir deprimida por causa da educação física, ou da aula de física, sabe como é problemas de adolescente normal, eu me arrumei com aquela roupa horrível, eu dei uma encurtada na roupa, acho que agora esta mais no meu estilo, a coisa mais surpreendente aconteceu quando eu ia saindo de casa, pergunta: Quem é gato mora perto é tem um sorriso cativante? É ele aquele gato do João Paulo, meu pai pediu a ele pra me levar pra escola é pra ficar de olho em mim, o primo dele vai dar carona pra nos, eu fiquei surpresa com ele ali parado me olhando como se eu fosse um fantasma, as palavras dele quando ele me viu foi praticamente parecidas, mas eu ñ pode deixar de sorrir muito, quando ele falou – nossa pra uma garota desfalecida, você esta muito bem!
Mas como não rir disso ele viu que eu estava bem quando eu voltei do medico, ele estava no portão quando eu passei, acho que pela primeira vez gostei do cara certo, ele me cedeu o braço para eu me apoiar, e segurou minha mochila, nos estávamos meio que sem assunto ate que o primo dele me perguntou por que eu precisava que JP ficasse atrás de mim.
-É que eu tive uma queda de pressão, é ainda estava meio mole, mas o medico receitou que meus pais me deixassem viver um pouco.
-Nossa mais por que você estava tão estressada?
-Mudança, sabe sair um lugar pro outro, quase que as presas me deixou muito chateada.
-Por que as presas?
-Meu pai teve uma boa oferta de trabalho, ai ele iria ganha o dobro sei lá ai me arrancou do meu mundinho é me levou embora.
-E você tinha namorado lá?
-Tinha, mas ele não era bom pra mim, era idiota eu terminei com ele meses antes deu vir pra cá ou ate sonhar que eu viria.
-Hum, interessante não é primo, agora você pode ir fundo.
-Como é?
- Desculpa o Denis ele é meio indiscreto.
-Não faz mal, eu estou querendo rir um pouco mesmo.
-Esta vendo JP ela quer rir.
-Deixa de ser chato é dirija ainda bem que nos já estamos perto de chegar à escola.
-Olha seu pai me fez prometer que eu iria ficar perto de você na escola, é nem ia deixar você sozinha por nenhuma circunstancia.
-Nossa descolei um guarda costas, legal, meu pai pensa em tudo né?!
Chegamos ate a escola o diretor estava na porta esperando a nos dois, ele tinha uma aparência muito distinta, ereta, é firme, mas tinha um ar de cansaço, mas em seus olhos azuis transparecia uma frieza de espirito, talvez um vazio que escondia, mas seus olhos não permitiam esconder, mas com toda certeza sua voz era como sua postura, imponente, firme, viril.
- Olá mocinha, João Paulo como vai? Seu pai me ligou é me avisou por que você não veio à escola ontem, é que talvez não viesse hoje.
- Olá senhor, vou muito bem, ela veio por que já se sentia muito melhor.
-Ela não tem boca João?
-Desculpe-me.
- Ele falou por mim por que eu permito, mas eu falo sim senhor, é vim hoje por que me sinto muito melhor.
- Que bom que você fala, mais tome cuidado com o que sai da sua boca menina.
-Sem duvida tenho que me expressar melhor.
-Concordo, já tem o horário das aulas?
-Sim eu tenho, é já esta na hora da minha primeira aula, posso ir?
-Com toda certeza você pode ir agora ate mais crianças!

Saímos e fomos ais salas, ele não desgrudou de mim, ate irmos para casa.

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